sábado, 29 de dezembro de 2007

Milhares de pessoas denunciam a morte de Natividad Junko e expressam o seu apoio aos presos políticos bascos

As concentrações e manifestações da última sexta-feira do mês aconteceram com total normalidade em cidades e bairros e reuniram milhares de pessoas, que expressaram o seu apoio aos presos políticos e denunciaram a dispersão prisional, cuja última vítima foi Natividad Junko.
A Ertzaintza, a quem o juiz Garzón tinha ordenado que fiscalizasse as mobilizações, apenas marcou presença numa ou outra localidade, como Lazkao e Andoain. Nesta última, os agentes autonómicos procederam à filmagem da assistência e proferiram ameaças, segundo testemunhos recolhidos pelo GARA.
Num auto tornado público esta tarde, Baltasar Garzón afirmava que são “ilícitas as manifestações ou convocatórias que possam ser promovidas directa ou indirectamente por uma organização terrorista, devendo entender-se neste caso a organização terrorista ETA-Segi-Ekin-Grupos pró-amnistia-Askatasuna-Batasuna, todas elas implicadas em investigações penais e com actividades declaradas ilícitas e proibidas”.
O magistrado emitiu a sua resolução depois de o Ministério Público espanhol ter pedido à Polícia informações de carácter urgente sobre as mobilizações previstas para hoje e para a próxima segunda-feira para denunciar a morte de Nati Junko e a política penitenciária dos governos espanhol e francês.
A associação “Dignidad y Justicia” também pediu ontem a proibição das manifestações por contarem com o apoio da Segi.
No seu auto, Garzón conclui que a manifestação “que poderia acontecer hoje e a 31 de Dezembro em Algorta, Getxo ou em outra ou outras localidades, nas quais se tenha a certeza que a convocatória venha da ETA-Segi-Ekin-Grupos pró-amnistia-Askatasuna-Batasuna e/ou de pessoas ligadas ou integradas nesses movimentos, são ilegais”, pelo que insta a ‘Consejería de Interior’ do Governo de Lakua a “adoptar as medidas necessárias para impedir a celebração de qualquer uma em que apareçam cartazes e faixas em que a(s) convocante(s) seja(m) alguma das organizações citadas”.
Para além disso, ordena à Ertzaintza que adopte as medidas necessárias para o cumprimento da sua resolução e para “a prevenção de incidentes e perseguição das pessoas que desrespeitem esta ordem”.

28.12.07

em GARA