quarta-feira, 24 de maio de 2017

Polícias espanhóis em tribunal após denúncia de torturas de Ander Maeztu

Sete polícias espanhóis envolvidos na detenção de Ander Maeztu, em Outubro de 2010, depuseram ontem num tribunal de Madrid. Todos negaram ter torturado o jovem navarro. A advogada de Maeztu denunciou a falta de interesse do juiz responsável pelo caso.

Ander Maeztu, preso no âmbito das operações contra a organização juvenil Segi, que foi declarada terrorista e ilegalizada, apresentou uma queixa por torturas. O processo foi arquivado e reaberto várias vezes, em Iruñea e Madrid, e só agora foi possível ouvir o depoimento de alguns dos polícias espanhóis que participaram na detenção de Maeztu. Também foi solicitado um relatório pericial psicológico do jovem navarro.

Sobre o que se passou ontem no tribunal, a advogada Jaione Karrera criticou, em declarações à Euskalerria Irratia, a atitude do juiz, que se limitou a perguntar aos polícias se participaram em torturas ou se assistiram à sua prática, a maus-tratos ou ameaças - e todos responderam que não. E não fez qualquer pergunta relativa a uma marca que Ander Maeztu apresentava e que foi referida num dos relatórios forenses. Os polícias recusaram-se a responder às perguntas da advogada navarra.

Ander Maeztu foi preso numa operação contra o movimento juvenil abertzale em Outubro de 2010 e afirmou ter sido espancado e submetido a sessões de tortura em que foram utilizadas várias técnicas, incluindo a do saco na cabeça. / Ver: ahotsa.info