
Que uma obra com a dimensão e o significado daquela que José Afonso criou tenha o valor de «interesse nacional» é coisa fácil de entender por quem encha os pulmões para cantar uma das muitas canções do Zeca, experimentando o gosto do encontro das palavras com as melodias, a decifragem da História, a vontade de projectar aquela obra no Futuro. Trata-se, afinal, de construir a Cidade / Sem muros nem ameias / Gente igual por dentro / Gente igual por fora / Onde a folha da palma / afaga a cantaria / Cidade do homem / Não do lobo, mas irmão / Capital da alegria. (avante.pt)