Zelaia foi identificado e detido pela Ertzaintza em 2106, no decorrer de mobilizações contra a repressão no campus universitário de Leioa (Bizkaia), e, com ordem para comparecer em tribunal, o jovem navarro decidiu não o fazer. Hoje foi preso pela Guarda Civil em Altsasu. O gaztetxe local agendou para as 17h00 uma concentração «para fazer frente às forças de ocupação e à repressão do Estado espanhol».A detenção de Beñat Zelaia, que pertence ao grupo de amigos de Jokin Unamuno e Adur Ramirez – jovens de Altsasu punidos na sequência da grande operação de manipulação, envolvendo a Guarda Civil e a comunicação social dominante, para castigar a juventude de Altsasu e de Euskal Herria em geral – foi divulgada este sábado pela organização estudantil basca Ikasle Abertzaleak (IA).
Ataques ao movimento estudantil
O navarro é um de seis jovens que foram detidos pela Ertzaintza, em Abril de 2016, no campus de Leioa da Universidade do País Basco (UPB), no âmbito de uma manifestação convocada pela IA sob o lema «Não aos ataques contra os estudantes» – que tinham sofrido cargas policiais, sido alvo de despejos e de detenções –, para exigir o fim da repressão contra o movimento estudantil e que a UPB não autorizasse a entrada de forças policiais nos espaços da universidade.
Os estudantes tentaram entrar na reitoria, mas a Ertzaintza carregou de forma violenta, provocando pelo menos 15 feridos. A IA denunciou a «repressão sistemática» contra os estudantes. Os seis detidos foram acusados de «entrar à força» na reitoria, de desordem pública, desobediência, atentado à autoridade, danos, lesões e insultos.
Os estudantes detidos – «os seis de Leioa» – foram intimados a comparecer em tribunal em Novembro de 2017, mas decidiram não o fazer, por entenderem que o julgamento não é legítimo, uma vez que, ao participarem na manifestação, «participaram numa actividade política» e porque «vão ser reprimidos, detidos e julgados pelo seu conteúdo político».
Concentração em Altsasu
O Gaztetxe de Altsasu convocou para este sábado uma concentração «para fazer frente às forças de ocupação e à repressão do Estado espanhol». A iniciativa estava prevista para hoje às 17h00 frente à Câmara Municipal de Altsasu. / Ver: gedar.eus e Berria
