Milhares de pessoas, vindas de todo o País Basco, manifestaram-se ontem, 28, nas ruas de Bilbo contra a precariedade laboral. O sindicato LAB, que convocou a mobilização, anunciou que pretende «abrir uma nova fase de confronto com o patronato, dentro e fora das empresas», e fazer «da precariedade e da pobreza questões de primeiro plano» na luta.
A mobilização partiu de quatro pontos distintos, com cada coluna de manifestantes a chamar a atenção para questões diversas: discriminação salarial; saúde e segurança no trabalho; direito ao trabalho e a pensões dignas; um quadro laboral próprio. Defendeu-se, para além disso, a semana laboral de 35 horas, a distribuição do trabalho e da riqueza, a subida do ordenado mínimo para os 1200 euros, o direito a trabalhar em euskara.
Todas as colunas, animadas, ruidosas e com palavras de ordem constantes contra a precariedade, confluíram na Praça Moyua, de onde seguiram até à Praça Euskadi.
Etxaide: precariedade alastra para aumentar o lucro dos patrões
Em declarações à comunicação social, a secretária-geral do LAB afirmou que a actual «fase de crescimento económico assenta nas reformas laborais e sociais dos últimos anos» e isso, para os trabalhadores, significa exploração: «trabalhar muito para ganhar muito pouco».
Ainhoa Etxaide sublinhou que, para o LAB, a precariedade vai ser «a grande prioridade» da luta.
Disse ainda que o LAB defende a criação de «uma maioria» que «abra uma nova fase de confronto com o patronato dentro e fora das empresas». Trata-se de discutir «quem vai dirigir o futuro laboral deste país - acrescentou -; ou o patronato, essa elite económica, ou a grande maioria social trabalhadora».
Manifestação contra a precariedade [LAB]Ver: eitb.eus
domingo, 29 de maio de 2016
Milhares manifestaram-se em Bilbo contra a precariedade laboral
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