segunda-feira, 4 de novembro de 2019
«Carta aberta a um fascista de 17 anos»
[De Lúcia Gomes] Vou dizer-te uma coisa, Manuel Bourbon Ribeiro: o país não precisa de ti. Nem precisa das tuas reflexões. O país teve décadas de gente como tu, ainda os tem, em lugares de poder. No teu caso, nem sequer se pode falar em meritocracia porque o que tu tens é a conta bancária dos papás e um família que enriqueceu à custa da apropriação da mais-valia criada por outros e assim construiu a sua fortuna. Sabes, Manelinho, essa grandiosidade de que falas e que gabas ao longo da tua composição, foi feita à custa da escravização dos povos. Do nosso e dos povos africanos, dos povos indígenas da América Latina. À custa da espoliação das riquezas naturais que lhes pertenciam e que nós dissemos serem nossas, desbaratando-as nesse império de tão grandes feitos e deixando algumas remanescências naquilo que alguns chamam museus mas que eu gosto de chamar arquivos do imperialismo. (manifesto74)
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