[De Jones Manuel] Tenho uma foto do que era, na época, minha turma de segunda série. Eram dez alunos que estudavam nos fundos da Igreja Católica São Francisco de Assis na favela da Borborema, em Recife. Das dez crianças presentes na foto, apenas duas estão vivas. Eu e mais um. Fui o único a fazer curso superior. Os outros oito morreram. Todos de forma violenta, com tiros ou facadas. Seis deles eu vi os corpos estendidos na rua, esperando o carro do IML chegar.
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Numa coluna anterior aqui do Blog da Boitempo chamada «Duas teses sobre a questão racial no Brasil» eu apontei a importância do antirracismo revolucionário na estratégia da Revolução Brasileira. Será que conseguiremos confrontar o poder burguês no Brasil sem colocar no centro da agenda política o enfrentamento ao extermínio da população negra? (PCB)
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
«A economia política do extermínio»
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