sexta-feira, 20 de abril de 2018

«Seguir o chefe, mesmo que se chame Donald Trump»

[De José Goulão] Há que distinguir, porém, entre o cidadão comum, certamente mais dependente da comunicação social que lhe chega sem fazer qualquer esforço, daqueles que têm outros níveis de responsabilidade política e social, como os deputados, os ministros, o primeiro-ministro, o Chefe de Estado.

É lamentável que a maioria dos eleitos da Assembleia da República tenham dado como confirmada a história do suposto ataque químico de Douma, apenas com base na versão dos «Capacetes Brancos», e não se informassem mais pluralmente antes de votar – assumindo como dogma as posições belicistas da NATO e da União Europeia, como seu braço civil.

É confrangedor que o primeiro-ministro António Costa tenha permitido que o Chefe de Estado envolvesse o governo na sua grotesca e submissa declaração de cumplicidade com uma agressão militar ilegal; e que, não contente com isso, tenha adoptado o mesmo tom subserviente na sua própria declaração. (Abril)