A Grécia esteve sujeita às imposições da troika desde 2010 e, apesar das expectativas criadas quando da vitória eleitoral do Syriza em Janeiro de 2015, o governo que liderou não inverteu a política de cortes na despesa pública e de retirada de direitos aos trabalhadores.
Agora, os ministros do governo da Nova Democracia (direita) afirmam que, com esta reforma, o sistema se torna viável até 2070 e que, inclusive, alguns trabalhadores vão ver aumentadas as suas pensões. No entanto, os sindicatos afirmam que, nesses casos, os trabalhadores jamais são compensados pelos cortes nos redimentos que sofreram no «período da austeridade».
Afirmam, além disso, que este projecto é uma tentativa mal disfarçada de levar o sistema público para fundos de pensões privados e acusam os governantes de não cumprirem a promessa de pôr fim aos cortes impostos pela troika, informa a Reuters.
Nas manifestações, a tónica dominante foi a preocupação, acompanhada pela consciência da necessidade de lutar pelos direitos. «Tem sido corte após corte nos últimos anos. Estamos a fazer greve porque queremos pensões que nos permitam viver», disse à Reuters Dimitris Volis, trabalhador numa empresa de ferries do Pireu, o porto de Atenas. (Abril)
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
Gregos manifestam-se contra a nova reforma das pensões
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