[De Anabela Fino] A pergunta é retórica, mas se se tiver presente que, só no Rio de Janeiro, segundo os dados do governo, 1810 pessoas morreram em intervenções policiais no ano passado, o número mais alto em duas décadas, percebe-se que à bancada da bala interessa não saber de onde vêm e para onde vão as munições, e menos ainda quando o governo acaba de autorizar os donos de armas legais a quadruplicar a compra de munições por ano.
Por cá também nada disto interessa.
Vão-nos entretendo com notícias do navio-escola Sagres, por estes dias no Rio na comemoração dos 500 anos da viagem de circum-navegação, com o ministro Cravinho a considerar que a «cereja no topo do bolo» foi «poder ser anfitrião do ministro da Defesa do Brasil». E navegou-se tanto para isto! (avante.pt)