quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

ANV lança alerta ao Governo espanhol: “sem a nossa interlocução não é possível solucionar o conflito”

O presidente da EAE-ANV, Kepa Bereziartua, o presidente do município de Igorre, Galder Olibares, a presidente do município de Hernani, Marian Beitialarrangoitia, e a eleita pela Bizkaia Arantza Urkaregi compareceram perante os jornalistas para denunciar o processo de ilegalização que os juízes espanhóis levam a cabo sob o olhar atento do Governo espanhol e das Forças de Segurança do Estado.


Depois de ter manifestado a sua solidariedade aos membros do EHAK [Partido Comunista das Terras Bascas], que também vêem à frente dos olhos a “ameaça e a perseguição”, Urkaregi recordou que a sua formação representa “um sector social importante, um sector social dinâmico, e o mais comprometido”.


Nesse sentido, perguntou ao Governo espanhol com quem vão falar de modo a solucionar o conflito se “ilegalizam e prendem os interlocutores”. Assim, avisou o Executivo de Zapatero de que “sem a nossa interlocução não é possível solucionar o conflito”.


A EAE-ANV também lançou críticas ao presidente do EBB [Euzkadi Buru Batzar, conselho nacional do PNV], Iñigo Urkullu, a quem acusa de justificar o que ocorreu nas negociações de Loiola com desculpas “simples e vagas”.


“Vocês, os do PNV, querem e promovem, do mesmo modo que o PSOE, a ilegalização da ANV; contam, nos vossos cálculos perversos, com uma esquerda abertzale débil para negociar com o Estado espanhol, com o PSOE, uma nova reforma autonómica e, por conseguinte, uma nova fraude. Esmeram-se nas vossas quotas de gestão e de poder, e procuram manter os vossos negócios e demais privilégios enquanto deixam que o Estado mantenha intacta a sua ‘Espanha una, grande e livre’”, denunciou.


Para o partido independentista, o PSOE e o PNV partilham o interesse em debilitar a esquerda abertzale porque sabem que, de outra forma, não vão poder levar avante a nova fraude que estão a tentar concertar nestes momentos”.


Não é por isso que a formação ekintzale “vai permitir que façam o que querem”. Pelo contrário, considera que “vivemos um momento de mudança”, um momento de “definição política”, e crê que é “mais urgente que nunca” colocar sobre a mesa uma mudança de marco político.


Urkaregi assegurou que este povo “vai saber responder a estes novos ataques que o Governo espanhol está a levar a cabo”, e certificou a sua presença nos comícios de 9 de Março; ou seja, a presença do voto a favor da independência.


Fonte: GARA