terça-feira, 4 de março de 2008

O movimento pró-amnistia apela a um “posicionamento como povo” perante as “eleições antidemocráticas” de Março

Asier Birunbrales e Sabin Juaristi compareceram hoje em Donostia, e fizeram referência à comemoração do 3 de Março de 1976, dia em que cinco trabalhadores foram mortos pela polícia, quando participavam numa assembleia, em Gasteiz.

Birunbrales assinalou que, desde essa data, ocorreram muitos factos em Euskal Herria que “reflectem a trágica história repressiva que este povo sofreu”.

Afirmou, além disso, que a “impunidade do Estado” fez com que se acendesse o “alerta vermelho”, porque “através de ilegalizações, proibições, detenções”, entre outras coisas, “tentou com todas as suas forças acabar com a luta em prol do independentismo”.

Nesse sentido, denunciou que, desde o início deste ano, “foram mais de cem as pessoas detidas em Euskal Herria por motivos políticos, o que dá um balanço de quase dois detidos por dia”.

“Posicionamento como povo”

Considerou que as eleições do próximo dia 9 “não são democráticas”, uma vez que o Estado espanhol “está a empregar todos os meios repressivos ao seu alcance para acabar com o sector da população que está a favor da independência e dos direitos nacionais deste povo”.

Desse modo, o movimento pró-amnistia pediu à sociedade basca que “se posicione como povo” perante esta “situação de excepção”, e recordou que já o fizeram noutras ocasiões.

Na sua perspectiva, através desse “posicionamento” os cidadãos bascos vão conseguir “que o conflito político se solucione realmente de forma democrática”.


Fonte: Gara