Numa conferência de imprensa oferecida hoje em Donostia, ex-presos políticos bascos, familiares e advogados fizeram um apelo aos cidadãos para que se mobilizem no dia 25 de Abril perante o julgamento contra as Gestoras pró-Amnistia e a Askatasuna, que terá início quatro dias antes, a 21 de Abril.
A ex-presa Pili Aranburu forneceu informações sobre a jornada de mobilização organizada para o dia 25 de Abril, tendo afirmado que o objectivo do processo referido é o de “julgar a reivindicação pró-amnistia, a mobilização dos cidadãos contra a repressão”. “Enquanto o último preso não estiver em casa, o movimento pró-amnistia continuará a trabalhar”, referiu.
Na sua perspectiva, a maneira mais eficaz de fazer frente a este julgamento consiste em “organizar a pressão social e participar nos protestos”. Acrescentou ainda que somos testemunhas de uma “perseguição brutal”, e apresentou uma infinidade de exemplos disso mesmo. “Conhecemos demasiado bem o significado da prisão perpétua e da pena de morte, mas não é isso que constitui o delito, é antes a denúncia dessas injustiças, a solidariedade para com colectivos reprimidos”, explicou.
A partir das 10h do próximo dia 21 de Abril, e pelo menos até 23 de Julho, a Audiência Nacional espanhola acolherá o julgamento contra as Gestoras pró-Amnistia e a Askatasuna, uma causa em que se encontram imputados 27 cidadãos bascos. A Quarta Secção da Sala do Tribunal Penal emitiu no passado dia 29 de Janeiro um auto em que convoca os processados para a data referida, sendo que o Ministério Público espanhol pede para cada um deles penas de dez anos de prisão.
em GARA.net