Sob o lema «Euskal herritarrontzat ez dago justiziarik» [Para os Bascos não há justiça], representantes da plataforma civil Bai Euskal Herriari [Sim ao País Basco] concentraram-se ontem de manhã, pelas 11h, em frente ao Tribunal Provincial da Bizkaia, com o propósito de denunciar o julgamento contra uma jovem bilbaína por utilizar o EHNA.
Numa nota de imprensa, a Bai Euskal Herriari recordou como, assistindo em Dezembro à encarceração da maioria dos imputados no sumário 18/98, se levaram a cabo numerosos protestos por todo o país. Itxaso Viñe foi detida num desses protestos, em Bilbau. O julgamento contra ela estava previsto para o dia 6 de Março, mas foi adiado até hoje.
Desejo de viver com direitos
Depois das detenções relacionadas com o processo 18/98, os cidadãos fizeram chegar os protestos até ao Tribunal da Bizkaia. Mulheres e homens sentaram-se dentro do tribunal, entre eles Viñe, detida e imputada por se apresentar perante a Ertzaintza com o EHNA na mão. O delito, segundo a Bai Euskal Herriari, foi “o desejo de viver como cidadã basca com todos os direitos, o desejo de mostrar Euskal Herria com dignidade”.
A plataforma popular assinalou ainda que, quando teve início o julgamento relacionado com o sumário 18/98, “todos observámos como a Audiência Nacional espanhola admitia o EHNA”. Agora, “por mostrar o documento válido para julgar os cidadãos bascos em Madrid, em Euskal Herria a Ertzaintza detém-nos e leva-nos para o Tribunal Provincial da Bizkaia”, denunciam. “O delito que cometemos foi participar na luta a favor de todos os direitos dos cidadãos”, explicam.
em GARA