A ETA mantém a declaração com que termina o seu último comunicado que "impôr outro ciclo autonómico espanhol a Euskal Herria aprofundará a dissolução e o processo de assimilação do nosso povo" e avisa a UPN, PSOE e o PNV de que "nunca reconhecemos o marco autonómico espanhol nem nunca o reconheceremos".
Para a organização armada, só o reconhecimento do direito à autodeterminação de Euskal Herria propiciará uma mudança política e "abrirá a oportunidade para que se possam materializar todos os projectos políticos".
Reivindicações
Na sua declaração, a ETA assume cinco acções armadas levadas a cabo nos últimos dois meses, entre elas as acções contra o Tribunal de Bergara, a antena de emissão de televisão de Arnotegi, a sede do PSOE em Derio e a esquadra da Guardia Civil de Calahorra, assim como a morte do ex-vereador do PSE de Arrasate, Isaías Carrasco.
A ETA critica a atitude que manteve o Governo de Zapatero durante o processo de negociação e sublinha que o objectivo foi "desactivar a luta contra o independentismo e levar a ETA a um processo de rendição, procurando uma saída falsa que deixara por resolver o conflito".
Da mesma forma, destaca que Zapatero "foi pelo mesmo caminho que Aznar", aumentando a repressão "em todos os âmbitos", e que o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, "continuando a ideia de 'vale tudo contra o independentismo', adecuou às necessidades dos dias de hoje a prática do terrorismo de Estado que aprendeu durante o mandato de González".
Perante isto, dirige-se aos militantes do PSOE para lhes perguntar: "Não acreditam que a ETA vai ficar de braços cruzados ao ver como se tortura, se detém, se condena a prisão perpétua ou se ilegalizam partidos com total impunidade?" e pede "aos socialistas do PSN e do PSE que se dizem progressistas e democratas que demarquem desta estratégia selvagem".
em GARA.net
[a declaração na íntegra será publicada na edição impressa de amanhã do GARA. posteriormente será aqui publicada.]