Iñigo Gulina e Jose Javier Osés, jovens de Burlata (Nafarroa), serão julgados na Audiência Nacional espanhola, acusados de praticar acções de kale borroka em Nafarroa há mais de 11 anos. Incorrem em penas de 18 e 23 anos de prisão. A principal prova de acusação contra eles são os depoimentos incriminatórios que realizaram enquanto permaneceram incomunicáveis. Todos os jovens detidos naquela operação - seis habitantes de Burlata - afirmaram ter sido torturados.
«Sumario 3/2009: La tortura como prueba de cargo»Estes jovens foram presos em 2007 numa operação policial conjunta da Guarda Civil e da Polícia espanhola, na qual foram presas mais quatro pessoas. Todos afirmaram ter sido torturados para lhes arrancarem depoimentos incriminatórios contra si mesmos e contra terceiros. Passaram um ano na cadeia e foram libertados, ficando a aguardar julgamento.
Em 2013, realizou-se o julgamento, mas três dos arguidos (Iñigo Gulina, Jose Javier Osés e David Urdin) não compareceram. Osés foi preso algum tempo mais tarde em França e, acusado de pertencer à ETA, foi condenado a oito anos de cadeia. Depois de cumprida a pena, foi expulso para o Estado espanhol, encontrando-se na cadeia de Soria. Gulina está actualmente na prisão de Jaén. Foi preso o ano passado em Berlim, onde residia e trabalhava.
Ambos serão julgados em Julho na AN espanhola, e em Burlata está a ser preparada uma campanha de denúncia cujo ponto alto será a manifestação marcada para dia 1 de Julho. / Ver: ahotsa.info
segunda-feira, 18 de junho de 2018
Processo 3/2009: a tortura como prova de acusação
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