Desde o fim da guerra, os EUA boicotaram as tentativas de paz e reunificação da Península da Coreia, e podem voltar a fazê-lo agora. Em todo o caso, Trump e Kim vão mesmo reunir-se esta terça-feira.
Aquilo que será concretizado em Singapura e, eventualmente, em encontros futuros é naturalmente uma incógnita, mas os passos até agora trilhados num caminho positivo só poderão fazer mais caminho se a soberania da RPDC e os anseios de paz do povo coreano forem respeitados.
Não haverá acordo e paz sem cedências de ambas as partes, nomeadamente dos EUA, que arrasaram o Norte da Coreia entre 1950 e 1953, numa sangrenta guerra em que foi eliminada 20% a 30% da sua população – como hoje é reconhecido pelos próprios norte-americanos.
Não é possível aferir o sentido desta cimeira sem ter presente que os EUA, que fazem exigências claras à RPDC no sentido da desnuclearização unilateral, investem somas astronómicas em material militar, detêm aproximadamente 40% do total de ogivas nucleares existentes no mundo e são responsáveis pela militarização massiva da República da Coreia, de onde não parecem querer retirar contingentes e onde continuam a realizar grandes manobras militares. (Abril)
sexta-feira, 8 de junho de 2018
Rodeada de incógnitas e segurança, cimeira de Singapura está a postos
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