segunda-feira, 29 de junho de 2020

«O racismo não é um papão»

[De André Solha] Recentemente tenho visto alardeada a tese de que o excesso de discussão sobre o racismo na esfera pública potencia o crescimento do racismo. Ora, o racismo não é um monstro que se auto-alimenta, e também não é um papão que desaparece se deixarmos de falar dele. Ele tem uma origem definida e serve interesses claros, os interesses da classe dominante.

ele cresce graças à crescente massa de deserdados do sistema, nossos companheiros e companheiras de classe, a quem o regime democrático burguês, não sendo capaz de responder aos seus anseios, aliena por acção da sua ideologia, fazendo-os crer que a culpa do seu baixo salário não é do patrão que os explora, mas do emigrante que aceita fazer o mesmo trabalho por menor salário. (manifesto74)