A Rússia tem criticado reiteradamente a investigação «enviesada» do Mecanismo Conjunto da OPAQ na Síria. Há uma semana, o representante russo neste organismo, Aleksandr Shulgin, disse à RT que, relativamente ao ataque ocorrido em Abril deste ano em Khan Shaykhun, as investigações visam culpar o governo de al-Assad, não cumprem «regras básicas» e põem de lado informação que nega o envolvimento de Damasco.
A 4 de Abril de 2017, dezenas de pessoas foram mortas na sequência de um ataque com armas químicas na cidade síria de Khan Shaykhun, na província de Idlib. Sem qualquer prova, a coligação internacional liderada pelos EUA acusou de imediato o governo sírio de ser responsável e, três dias depois, lançou um ataque com mísseis contra a base de Shayrat, alegando que o ataque químico partira dali.
A Rússia tem questionado os métodos de investigação da OPAQ, acusando-a de se centrar em testemunhas anónimas em vez de investigar no terreno, e alertou, desde o início, para a possibilidade de o incidente em Khan Shaykhun ser resultado de uma explosão de um armazém com armas químicas – numa região controlada pelos chamados «rebeldes» – ou uma operação de falsa bandeira levada a cabo precisamente por esses rebeldes. (Abril)