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Já há algum tempo que a multinacional espanhola do sector das energias renováveis andava a referir a necessidade de proceder a uma reestruturação para «manter a competitividade», ou seja, despedir trabalhadores. No início do mês, falava-se na possibilidade de despedir 6000 funcionários em 24 países.
Para já, anunciou o despedimento de 272 trabalhadores no Estado espanhol, 155 dos quais na Bizkaia (48 no centro de Zamudio) e em Nafarroa (92 em Sarriguren, 11 em Orkoien e quatro em Agustinos.
Numa nota, o sindicato LAB sublinha que a Siemens-Gamesa «não é uma empresa em crise», tendo registado «recordes de facturação e lucros no ano passado, 301 milhões de euros».
O sindicato considera que os governos navarro e de Gasteiz fizeram de «porta-vozes da empresa», nomeadamente ao afirmarem que o «impacto» da reestruturação seria «mínimo».
Desta forma, os responsáveis políticos «deram asas aos despedimentos» anunciados e, agora, vêm a público, «mostram-se chocados» e «rasgam as vestes», critica o sindicato, exigindo a ambos os governos que denunciem publicamente os despedimentos. / Ver: LAB