[De José Goulão] Vale isto por dizer que os «europeístas» impenitentes, incluindo os românticos e mais progressistas que ninguém, projectando-se no paraíso de uma «Europa de povos federados», não vêem qualquer inconveniente em que a federalização se processe por cima e contra os povos, pelos imperadores da economia, os magnatas da especulação e respectivos protectores encarregados da repressão de índole ditatorial, da espionagem, das guerras e do expansionismo. E que tudo assim continue até à federalização total, mecanismo da exploração absoluta e global dos povos como estado supremo do «mercado livre», o capitalismo sem leis nem regras; talvez fiscalizado apenas pelos nossos bem conhecidos reguladores de faz-de-conta.
No ano de 2017, em plena Europa dita da democracia e das liberdades, deram-se mais alguns passos decisivos no sentido da liquidação da democracia e da erradicação das liberdades. Em nome da «libertação do mercado», que se dará como plenamente satisfeito – e livre – numa sociedade escravocrata federal, enfeitada por um lote sortido de direitos formais para todos os gostos e proveito de poucos. (Abril)
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
«A estratégia do federalismo clandestino»
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