Na quinta-feira, 28, os trabalhadores em greve, mobilizados pelo sindicato ELA, dirigiram-se ao Palácio Euskalduna logo de manhã para ali se concentrarem. Foi então que descobriram que, longe de respeitar o seu direito à greve, o Euskalduna os tinha substituído por funcionários que fazem parte dos quadros – em muitos casos, pessoas que estavam a gozar as suas férias e que receberam um e-mail, na véspera, a notificá-las para se apresentarem nos seus postos de trabalho.
A situação, denunciada pelo ELA em comunicado, foi imediatamente comunicada à Inspecção do Trabalho, com a qual o sindicato se irá reunir na próxima semana.
Subcontratação e exploração
Há 45 funcionários subcontratados pela empresa Eulen a trabalhar no Palácio Euskalduna, na capital biscainha. Na quarta-feira, 27, anunciaram que iam entrar em greve por tempo indeterminado, tendo em conta que, apesar de realizarem o mesmo trabalho que os funcionários do quadro, o fazem em condições muito piores.
Numa conferência de imprensa que deram em Bilbo, estes trabalhadores revelaram que decidiram partir para a greve depois de terem solicitado à Eulen a melhoria das suas condições de trabalho, sem obter resposta às suas reivindicações.
Os trabalhadores denunciaram que, depois de muitos anos a laborar para a empresa Eulen, enfrentam situações como: jornadas laborais que ultrapassam o permitido por lei; ausência de calendário laboral; alterações de horários sem prévio aviso; falta de subsídios e prémios; salários que não são aumentados há vários anos; contratação fraudulenta; incumprimento de normas relativas a saúde no trabalho. / Ver: ela.eus e argia