domingo, 11 de fevereiro de 2018

Uma praça em Iruñea evoca Maravillas Lamberto, morta pelos fascistas

Foi inaugurada este sábado, 10, no bairro iruindarra de Lezkairu, a Praça Maravillas Lamberto, em memória da menina de 14 anos que os fascistas violaram e mataram em Larraga (Nafarroa), em 1936. A sua irmã, Josefina Lamberto, esteve presente na inauguração, tendo agradecido este acto de reconhecimento, depois de tantos anos de esquecimento, às associações que defendem a memória histórica e ao presidente da Câmara, Joseba Asiron.

No acto de inauguração da praça que homenageia a sua irmã, Josefina Lamberto lembrou os «82 anos de muito sofrimento» e afirmou que este reconhecimento «traz um pouco de paz aos nossos corações», mas sublinhando que não é capaz de «perdoar e esquecer».

Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Iruñea [Pamplona], Joseba Asiron, disse que «a morte de Maravillas simboliza a barbárie da violência fascista que abalou as nossas terras e ruas naqueles primeiros» tempos do levantamento franquista.

A parte musical da cerimónia esteve a cargo do Coro Paz de Ciganda, que estreou a adaptação coral para quatro vozes mistas da obra «Maravillas», composta por Fermin Balentzia, com arranjos de Imanol Erkizia.

Maravillas Lamberto Yoldi
Maravillas Lamberto Yoldi nasceu em 1922, em Larraga (Nafarroa). Em 1936, quando o seu pai, Vicente Lamberto, militante da UGT, foi preso, ela quis acompanhá-lo. De acordo com o Fundo Documental de Memória Histórica da Universidade Pública de Navarra (UPNA), a menina, então com 14 anos, foi violada várias vezes pelos fascistas que tinham detido o seu pai. Acabaria por ser assassinada juntamente com ele. Hoje, é conhecida como a «florzinha de Larraga». / Ver: ahotsa.info e Noticias de Navarra