Num comunicado emitido esta segunda-feira, o Hezbollah condenou a decisão dos EUA de abrirem a sua embaixada em Jerusalém no próximo dia 14 de Maio, para coincidir com o 70.º aniversário da independência de Israel.
No dia seguinte, 15 de Maio, assinalam-se os 70 anos da Nakba – a «catástrofe» que se abateu sobre o povo palestiniano desde a criação do Estado de Israel, com a expulsão de centenas de milhares de palestinianos das suas terras em 1948 e a limpeza étnica que, iniciada nesse ano, se prolongou até aos dias de hoje.
A medida anunciada pelo Departamento de Estado norte-americano no dia 23 deste mês enquadra-se na agressão da administração norte-americana iniciada em 6 de Dezembro último, quando Donald Trump afirmou reconhecer Jerusalém como capital de Israel, visando aprofundar a judaização da futura capital da Palestina e liquidar a justa causa do seu povo, refere a nota.
Para o movimento de resistência libanês, o anúncio representa «mais uma tentativa de humilhar árabes e muçulmanos», e constitui uma «demonstração do desprezo da administração norte-americana pelos países muçulmanos e pela comunidade internacional».
A decisão, a que não é alheia a «cumplicidade de vários países árabes» com Washington, merece a condenação do Hezbollah, que exorta os povos «a entenderem a necessidade da resistência e da Intifada (rebelião)» na Palestina, bem como «a denunciarem a agressão e a apoiarem o povo palestiniano», para que recupere a terra ocupada por Israel e concretize o sonho de Jerusalém [Al Quds, em árabe] como capital do seu Estado. (Abril)