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«Acreditamos plenamente que é preciso resistir contra qualquer investida antidemocrática de candidatos que se insurgem contra direitos historicamente conquistados ao longo do período de redemocratização brasileira após 21 anos de regime autoritário e cerceamento de direitos políticos», sublinham.
No que à Amazónia diz respeito, o grupo de investigadores e professores paraenses destaca que o candidato de extrema-direita apresenta uma «postura política» de entrega dos recursos naturais da maior floresta tropical do mundo «à iniciativa privada de países estrangeiros, incidindo aí a eliminação de áreas de protecção ambiental, de reservas extractivistas e de ONG [organizações não governamentais] que, historicamente, lutam em defesa das populações tradicionais do país».
Para estes geógrafos, que manifestam «total repúdio» perante aquilo que se desenha «no cenário nacional em relação a uma possível eleição de Jair Bolsonaro», este representa «uma postura antidemocrática e conservadora e [é] apoiado pelos que historicamente desmatam, matam e expropriam a agricultura familiar, o camponês, o ribeirinho, os índios, os pescadores e os quilombolas desde o período da invasão portuguesa no século XVI». (Abril)