sábado, 10 de novembro de 2018

«A perturbadora nostalgia da guerra»

[De José Goulão] O armistício que pôs fim a uma das maiores e mais cruéis chacinas mundiais está a ser celebrado na Europa, com epicentro em Paris, através de grandiosas paradas militares simbolizando, no fundo, a prontidão para voltar a fazer o mesmo.
[…]
A República de hoje foi incapaz de assinalar o armistício com um acto cívico de reflexão sobre a decisão de condenar milhares de portugueses a uma morte certa para irem matar concidadãos alemães sem saberem ao certo por quê. Desta maneira foram martirizados milhões de jovens de vários continentes, para ajuste de contas entre imperadores capitalistas com desavenças de dominação e de acesso, como sempre, aos lucros. (Abril)