De forma unânime, todas as organizações que integram a comissão sindical sublinham que não têm de participar num trabalho que viola «os direitos humanos e o direito internacional».
A empresa de construção ferroviária CAF, em Beasain (Gipuzkoa), está incluída num processo de licitação para a construção de uma nova linha de eléctrico em Jerusalém. O projecto implica a expropriação de terras palestinianas, o que gerou grande polémica a nível internacional. Neste contexto, a comissão de sindicatos que representam os trabalhadores da CAF Beasain defendeu que os trabalhadores não têm de participar em trabalhos que vão contra a «legalidade internacional».
«Existe um consenso generalizado sobre o carácter ilegal do projecto, tanto pelo seu traçado como pelo facto de ser discriminatório, na medida em que é para uso exclusivo de colonos em terra palestiniana», declarou o sindicato LAB.
«Consideramos que qualquer projecto de eléctrico, de qualquer cidade do mundo, incluindo Jerusalém, deve ser realizado no respeito pelos direitos humanos e o direito internacional. Tanto o plenário como o Conselho de Segurança da ONU, bem como o Tribunal Internacional de Justiça, se manifestaram, através de diferentes resoluções, contra a ocupação dos territórios onde o eléctrico referido irá passar», acrescenta o sindicato.
Tendo em conta que o projecto foi totalmente rejeitado pelos palestinanos, os trabalhadores não entendem o que pode trazer de bom para a CAF, pelo que instaram a administração a renunciar à licitação. / Ver: eitb.eus
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
Trabalhadores da CAF Beasain não querem que empresa construa eléctrico de Jerusalém
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