A Askatasuna desmentiu a versão policial difundida por vários meios de comunicação, e expôs a versão dada por testemunhas e moradores de Arbizu sobre o ocorrido ontem pela manhã na localidade navarra.
De acordo com a organização anti-repressiva, agentes da Polícia Municipal, que seguiam em duas carrinhas, arrancaram cartazes em memória da familiar do preso político basco Unai González, falecida em consequência de um desastre de automóvel quando se dirigia à prisão de Teruel para o visitar.
Segundo relata, uma pessoa aproximou-se deles e questionou a sua actuação. "Essa pessoa foi levada para trás das carrinhas e começaram a bater-lhe, tendo-lhe causado marcas por todo o corpo", explica.
Vários moradores viram a agressão e acudiram ao vizinho "deitado no chão, sangrando pela boca e com três agentes sobre ele, momento em lhes pediram que o deixassem em paz".
Nessa altura, os restantes agentes começaram a agredir estas pessoas, provocando uma grande agitação e a resposta de outros moradores, que viam como a gente da localidade estava a ser "espancada" pela Polícia Municipal.
Os agentes empregaram material anti-distúrbios e provocaram contusões e ferimentos em dezenas de pessoas, segundo a Askatasuna.
Cerca de 400 habitantes manifestaram-se ontem em Arbizu reclamando a libertação sem encargos dos moradores detidos, e acusados de "atentado contra agentes da autoridade, resistência e danos intencionais em carros-patrulha".
Por último, a Askatasuna denunciou a "utilização política da Polícia Municipal pela UPN, desenvolvendo actividades persecutórias e de repressão política".
Fonte: Gara