Foto: Gara
Cerca de 350 pessoas concentram-se esta tarde em frente ao Hospital de Donostia em protesto contra as torturas de que foi vítima Igor Portu, o jovem basco detido ontem pela polícia espanhola.
Apesar de ser uma prática habitual por parte da polícia espanhola em relação aos presos políticos, desta vez um detido teve de ser internado na Unidade de Cuidados Intensivos com lesões graves. Sem forma de esconder o evidente, a polícia espanhola tentou justificar o facto com a resistência do detido.
O ministro espanhol da Administração Interna acaba de corroborar essa teoria. Para Alfredo Pérez Rubalcaba, em virtude da suposta fuga e resistência, "a Guardia Civil teve que empregar a força e fruto dessa força resultaram as lesões que têm os supostos etarras".
Ou seja, para deter uma pessoa é necessário perfurar-lhe um pulmão, provocar-lhe hemorragia no olho esquerdo, partir-lhe duas vértebras, marcar-lhe o corpo com hematomas e contusões.
Provavelmente, também tiveram de usar a força quando violaram o preso político Gorka Lupeañez com um pau ou quando introduziram o cano de uma arma descarregada dentro da vagina de uma presa política basca e simularam o disparo ou quando torturaram Lasa e Zabala até à morte.