segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

EHAK anuncia que continuará o seu trabalho político no Parlamento mesmo que o ilegalizem

GASTEIZ – Numa comparência na Câmara de Gasteiz, os parlamentares Julián Martínez, Nekane Erauskin e Ane Auzmendi avançaram que vão empreender uma dinâmica de contactos com agentes sociais e sindicais bascos para estudar medidas de resposta a “este ataque contra os direitos mais elementares”.

Os representantes de Ezker Abertzalea asseguraram que, ainda que suspendam as actividades do EHAK ou ilegalizem essa formação, seguirão com a sua actividade política no Parlamento, uma instituição na qual o grupo abertzale “trabalhou intensamente para que o Estado espanhol reconheça a existência deste povo e o seu direito à autodeterminação”, por entenderem que é o caminho adequado para superar o conflito político e as suas consequências.

Deste modo, ressaltaram que, ao longo dos três anos que levam na Câmara, trabalharam com um grande número de agentes sociais e sindicais, com os quais, “partindo de uma visão partilhada sobre a construção nacional e social de Euskal Herria, realizaram um trabalho conjunto que deu frutos importantes”. Também trouxeram à colação a apresentação de numerosas iniciativas para construir “esse outro Euskal Herria possível”, “sempre ao lado do movimento popular e associativo basco”.

Depois de enumerarem algumas das propostas registadas na Câmara, os parlamentares recordaram que a sua acção também se caracterizou por “pedir responsabilidades ante os abusos da política repressiva do Estado e das suas polícias” e por fazer ouvir “a voz dos reprimidos por motivos políticos”.

Compromisso

Denunciaram que os querem ilegalizar por todas essas propostas políticas, e sustentam que a “melhor resposta perante esta nova agressão vai ser a continuação do trabalho político no Parlamento, apresentando tantas ou mais iniciativas”.

“Aconteça o que acontecer, comprometemo-nos a continuar o trabalho lado a lado com o movimento social”, realçaram.

Os representantes de Ezker Abertzalea também explicaram que empreenderam acções de protesto e que vão participar na viagem à Escócia da Comissão de Indústria, “para levar aos grupos parlamentares desse país a situação de Euskal Herria e deste grupo”.

Fonte: Gara