quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Juiz decreta liberdade sob fiança para o jovem preso ontem pela Ertzaintza

A prisão deu-se à noite, pelas 21h30, na capital alavesa, no fim de um jogo de futebol. A Polícia autonómica apresentou-se no local e esperou Gorka González, segundo informou a Askatasuna. A Ertzaintza começou a identificar todos os membros da equipa de futebol, alegando que procuravam o jovem, pelo que este se identificou e levaram-no preso. Mais tarde avisaram a família que tinha sido detido. Gorka González foi transferido para a Audiência Nacional espanhola. Depois de comparecer ante o juiz, a Procuradoria solicitou liberdade sob fiança e o magistrado impôs-lhe uma fiança de 6000 euros para recuperar a liberdade. Por sua parte, a EFE, que cita fontes do Departamento do Interior do Governo de Lakua, precisa que a acusação se baseia em pichagens realizadas num posto dos Correios e num veículo da Telefónica, no passado 27 de Dezembro em Gasteiz, onde se denunciava a política de dispersão que causou a morte de Natividad Junko, quando ia visitar o preso Unai González à prisão de Teruel. A Polícia autonómica sustenta a sua acusação num balde de tinta vermelha e nuns foguetes e petardos encontrados numa rusga à sociedade cultural Amaia, um centro municipal que é utilizado pelos vizinhos do bairro para actividades diversas, entre elas a organização de festas. Segundo a Ertzaintza, os autores foram ao local citado depois de fazerem as pichagens e deixaram ali o balde de tinta. Acusam Gorka González de “ameaças terroristas” pelas pichagens e de “posse de explosivos” pelos foguetes. A Askatasuna denunciou que o facto de a Ertzaintza, depois de acusar Gorka González de fazer pichagens, “apresentar como explosivos os foguetes que se utilizam nas festas” demonstra que “estamos perante uma montagem” da Polícia autonómica. O organismo anti-repressivo criticou a atitude da Ertzaintza, que “uma vez mais deixou o futuro de um jovem basco nas mãos de um tribunal de excepção”. “Ao serviço do PNV, a Ertzaintza trabalha lado a lado com a Audiência Nacional, que não tem trazido mais que dor e injustiça a este povo. Esta detenção é mais uma contribuição do PNV para acabar com a luta a favor da independência”, afirmou.


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