Foto: EFE
A marcha nacional de denúncia da repressão e para reivindicar e reconhecer o trabalho que o movimento pró-amnistia realizou nos últimos 30 anos partiu pouco antes das 18h45 da praça Aita Donostia, em Bilbau, entre os aplausos da multidão que se tinha juntado nas imediações. À cabeça situaram-se os familiares dos prisioneiros políticos bascos, levando fotografias suas, seguindo-os a faixa com o lema «Euskal Herriak Askatasuna behar du. Aski da» [O País Basco precisa da Askatasuna (Liberdade). Já chega], carregada pelos cidadãos bascos que estão actualmente a ser julgados na Audiência Nacional espanhola, em Madrid.
Um deles, Julen Larrinaga, destacou no início da mobilização que o julgamento que está a decorrer em Madrid é “um ataque global contra todos os presos e refugiados políticos” e denunciou que, como “o Estado não consegue negar e esconder a nossa existência, criminaliza-nos, reprime-nos e prende-nos”. Larrinaga sublinhou que o movimento pró-amnistia é “a consequência de 30 anos de violência e repressão em Euskal Herria” e assegurou que, mesmo “havendo julgamento e sentenças decididas de antemão, continuaremos firmes no nosso propósito de dar a conhecer todos os pontos negros existentes neste suposto Estado de Direito que vigora em Euskal Herria”.
A manifestação terminou por volta das 19h na Câmara Municipal, onde teve lugar um comício em que interveio Juan Mari Olano.
No coração de todos
Olano dirigiu as primeiras palavras a todos os presos e refugiados políticos: “viemos prestar-lhes uma homenagem e dizer-lhes que gostamos deles, que os temos no coração, porque [os outros] nos querem criminalizar pelo que somos e por quem somos. Porque somos a voz transparente deste povo, verdadeiros abertzales, e porque sabem que lutaremos até ao fim na defesa dos direitos dos cidadãos bascos e de Euskal Herria”. Nesse sentido, assegurou que continuarão a trabalhar para dar amparo aos torturados, aos presos e aos seus familiares, e aos que se viram obrigados a abandonar o seu país. Olano disse ainda que, “se não levantarmos um muro firme perante a repressão, não chegaremos a lado nenhum”, e por isso destacou que fazer frente à repressão “é estratégico e tem um valor político enorme”. Deste modo, fez um apelo ao reforço do movimento pró-amnistia.
Olano também insistiu na ideia de que, apesar dos julgamentos e encarceramentos, “a determinação deste povo em conseguir um marco democrático que leve à independência é insubornável – e estamos dispostos a sofrer”. “Não vamos abandonar à sua sorte milhares de homens e mulheres que deram tudo por este povo”, sublinhou, para afirmar de seguida que o Estado espanhol “tentou tudo contra este povo”, e que este “continua de pé”, apesar de “nos quererem fazer crer que não existe a possibilidade de um marco democrático para lograr a independência”. “Já percebemos qual é a vossa aposta, mas o caminho é longo. A aposta em fazer desaparecer a esquerda abertzale do cenário político fracassará”, afirmou.
Um deles, Julen Larrinaga, destacou no início da mobilização que o julgamento que está a decorrer em Madrid é “um ataque global contra todos os presos e refugiados políticos” e denunciou que, como “o Estado não consegue negar e esconder a nossa existência, criminaliza-nos, reprime-nos e prende-nos”. Larrinaga sublinhou que o movimento pró-amnistia é “a consequência de 30 anos de violência e repressão em Euskal Herria” e assegurou que, mesmo “havendo julgamento e sentenças decididas de antemão, continuaremos firmes no nosso propósito de dar a conhecer todos os pontos negros existentes neste suposto Estado de Direito que vigora em Euskal Herria”.
A manifestação terminou por volta das 19h na Câmara Municipal, onde teve lugar um comício em que interveio Juan Mari Olano.
No coração de todos
Olano dirigiu as primeiras palavras a todos os presos e refugiados políticos: “viemos prestar-lhes uma homenagem e dizer-lhes que gostamos deles, que os temos no coração, porque [os outros] nos querem criminalizar pelo que somos e por quem somos. Porque somos a voz transparente deste povo, verdadeiros abertzales, e porque sabem que lutaremos até ao fim na defesa dos direitos dos cidadãos bascos e de Euskal Herria”. Nesse sentido, assegurou que continuarão a trabalhar para dar amparo aos torturados, aos presos e aos seus familiares, e aos que se viram obrigados a abandonar o seu país. Olano disse ainda que, “se não levantarmos um muro firme perante a repressão, não chegaremos a lado nenhum”, e por isso destacou que fazer frente à repressão “é estratégico e tem um valor político enorme”. Deste modo, fez um apelo ao reforço do movimento pró-amnistia.
Olano também insistiu na ideia de que, apesar dos julgamentos e encarceramentos, “a determinação deste povo em conseguir um marco democrático que leve à independência é insubornável – e estamos dispostos a sofrer”. “Não vamos abandonar à sua sorte milhares de homens e mulheres que deram tudo por este povo”, sublinhou, para afirmar de seguida que o Estado espanhol “tentou tudo contra este povo”, e que este “continua de pé”, apesar de “nos quererem fazer crer que não existe a possibilidade de um marco democrático para lograr a independência”. “Já percebemos qual é a vossa aposta, mas o caminho é longo. A aposta em fazer desaparecer a esquerda abertzale do cenário político fracassará”, afirmou.
Fonte: Gara