terça-feira, 15 de novembro de 2016

Garbiñe Aranburu deve ser a próxima secretária-geral do LAB

O Comité Executivo do LAB deu hoje uma conferência de imprensa, na capital biscainha, para abordar o IX Congresso Nacional da estrutura sindical, que terá lugar em Gasteiz a 25 e 26 de Maio do próximo ano. Foi ainda revelada a candidatura de Garbiñe Aranburu a secretária-geral e a de Igor Arroyo a secretário adjunto, que devem suceder a Ainhoa Etxaide e Jabi Garnika, respectivamente.

Ainhoa Etxaide afirmou que o LAB chega ao congresso «renovado e com os deveres feitos». Considerando que no capitalismo não é possível viver com dignidade, a organização sindical irá apresentar propostas e alternativas ao congresso «para dar a volta a esta situação», tendo presente que «uma vida digna passa pelo socialismo».

Para o LAB, o contributo do sindicalismo é fundamental para se alcançar o objectivo da construção de uma Euskal Herria Socialista, assente na defesa da igualdade entre mulheres e homens; numa vida que não tenha como meta o consumo e a produção desenfreados; e na independência, na medida em que a construção de um novo sistema passa por um Estado soberano, por um poder assente no povo, num povo livre para decidir.

Neste sentido, o sindicato defende que é hora de pôr em marcha um processo de soberania que acabe com o capitalismo que é imposto ao país, e considera que há possibilidades de concretizar esse anseio, que passam, nomeadamente, pela «Carta Social».

Foi também revelado que a prioridade do LAB reside na luta contra a precariedade e em alterar as actuais condições a que estão sujeitos os trabalhadores. E insiste: «a luta por melhorias no âmbito sociolaboral conduz-nos irremediavelmente à luta pela mudança do actual quadro estatal». O direito a decidir o futuro do país passa pela sua classe trabalhadora.

Etxaide sublinhou ainda a importância de realizar alianças entre os sindicatos, por forma a alterar as condições de vida dos trabalhadores. E, referindo-se ao congresso, disse estar convencida de que a criação de uma aliança forte e estável deve ser um dos desafios prioritários para o LAB e o ELA, abrindo um novo ciclo no sindicalismo basco. / Ver: LAB