sábado, 12 de novembro de 2016

Na marcha a Soietxe, exigiu-se o desmantelamento das instalações militares

Diversas organizações promoveram, hoje, a tradicional marcha ao quartel de Soietxe, em Mungia (Bizkaia), para exigir que as instalações militares saiam dali e que o terreno seja usado para «fins sociais», nomeadamente para «plantar alho-francês».

De acordo com a organização, «as instalações militares não trazem nada de bom à comarca de Uribe-Butroi e à Bizkaia no seu todo». E reivindicam «a recuperação das terras para o cultivo», pois o quartel foi construído num terreno expropriado onde havia hortas.

A marcha contra o quartel de Soietxe, que já vai na sua 27.ª edição, foi convocada por Ekologistak Martxan, Butroi Bizirik Transizioan, Berri Otxoak, Kakitzat, Ernai, Eguzki, Askapena, KEM-MOC, Komite Internazionalistak e Baratzea Gatika.les.

Estes grupos afirmaram que «o verdadeiro papel do quartel não é o de defender a nossa segurança, mas sim o de proteger os interesses do sistema capitalista neoliberal», que «nos condena à precariedade laboral, à pobreza e à exclusão social». Também denunciaram as enormes verbas públicas gastas na manutenção de instalações como as de Soietxe, «enquanto prosseguem os cortes em despesas sociais».

«Porrusalda»
A iniciativa incluiu uma representação com um almoço popular à base de uma sopa de alho-francês [porrusalda], pois estes «são muito mais saudáveis e menos indigestos que as balas e as bombas».

Em simultâneo, recordaram que o Estado espanhol «intervém actualmente em 16 guerras e é o sétimo exportador mundial de armas, contribuindo para guerras como a da Síria e a injusta situação que vivem as pessoas que tentam chegar às nossas fronteiras na fuga a essas guerras».

Em vez de preparar a guerra em Uribe-Butroi, «é mais lógico» que os terrenos de Soietxe «sirvam para plantar justiça e igualdade, e se trabalhe pela soberania alimentar», afirmaram. Na acção simbólica da «porrusalda», sublinharam que, em vez de armas, querem ver ali os alhos-franceses a crescer. / Ver: eldiario.es / mais fotos em KEM-MOC