sábado, 4 de novembro de 2017

«A ignorada revolta haitiana»

[De António Santos] Entretanto, por todo o Haiti, o povo desafia nas ruas a proibição de manifestações contra o regime cleptocrata de Jovenel Moïse. O movimento que começou, em Setembro, quando foi apresentado o Orçamento do Estado, como um protesto contra o aumento dos impostos e taxas sobre o trabalho, transformou-se em mobilização nacional contra a doutrina neoliberal, clamor pela soberania e exigência de demissão do governo de Moïse.

No poder há um ano, Jovenel Moïse, partido Tèt Kale, é apenas o último nome na longa lista de serventuários do imperialismo dos EUA que, desde o golpe de Estado com o selo CIA contra o governo democraticamente eleito de Jean-Bertrand Aristide, em 2011, se sucedem num caótico turbilhão de violência, miséria e privatizações. (avante.pt)