Numa conferência de imprensa que decorreu em Bilbo, os sindicatos e movimentos sociais convocantes da greve geral que terá lugar no próximo dia 26 de Setembro em Hego Euskal Herria pediram a todos os cidadãos que se recusam a «dar cobertura» aos cortes e outras medidas económicas tomadas pelos governos de Madrid, Iruñea e Gasteiz que adiram à greve.
A secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, afirmou que a sociedade no seu conjunto terá de pagar «toda o lixo financeiro» criado nas décadas de especulação, o que implicará um aumento da pobreza.
Etxaide disse que a sua central «não está disposta» a ficar de braços cruzados perante a agenda que «hoje vai ser criada em Madrid» e que «vai dirigir o nosso futuro», já que existem possibilidades de «continuar a unir forças» para fazer frente à crise.
Depois de considerar que a crise «não se resolve com umas eleições», mas sim com uma «grande maioria social determinante na hora de definir as políticas», referiu que uma das suas exigências mais claras consiste em não dar «nem mais um euro» à banca, e que os governos alterem «radicalmente» as políticas públicas, colocando-as ao serviço dos cidadãos.
Por seu lado, o secretário-geral do ELA, Adolfo Muñoz, mostrou-se convencido de que a situação actual é de «emergência social», tendo afirmado que as instituições apresentam «mais do mesmo», porque «não faz falta ser economista para saber que o que aí vem é mais desemprego e pobreza».
Afirmou que a exigência de dignidade «irrita» o poder económico, e referiu que a questão não é o poder político ser «estúpido», mas que muitos daqueles que o integram «estão comprados e a soldo das elites económicas, para tornar a sociedade mais pobre».
Quanto à reunião em Madrid, esta quinta-feira, entre Governo espanhol, empresários e sindicatos, qualificou-a como um «teatro» para que Rajoy «faça crer à sociedade que está a conseguir coisas», tendo afirmado que nessa reunião «estão a ser negociadas as condições de um novo resgate», com condições «duríssimas». / Notícia completa: naiz.info