Há um ano, preocupados com a situação do preso Txus Martin, um grupo de basauriarras iniciou uma série de iniciativas para pedir a sua libertação. A situação não era nova; já se sabia há algum tempo que o isolamento e a forma cruel como Txus estava a ser tratado, além de injustos, iriam ter consequências: recorde-se que Txus chegou a tentar pôr fim à vida e que, depois do último ano de tratamento - «surrealista» -, o seu estado geral se agravou claramente.
Txus sofre de uma grave doença do foro psíquico, e a opinião de que alguém no seu estado não pode continuar na prisão não é exclusiva ao grupo de basauriarras referido, bem pelo contrário.
Recorde-se também que oito municípios biscainhos das região - Basauri, Galdakao, Arrankudiaga, Arrigorriaga, Zeberio, Arakaldo, Orozko e Urduña - aprovaram declarações institucionais para pedir a imediata libertação de Txus, porque a sua permanência na prisão não é justa nem legal, não respeita os direitos humanos, nem tem a ver com o panorama que hoje se vislumbra na sociedade basca.
Os cidadãos preocupados com a situação de Txus realizaram mobilizações de todo o tipo: conferências, marchas, vigílias, chegando mesmo a ocupar a Praça Elíptica, em Bilbo, durante 24 horas.
Em Outubro do ano passado, quando decorriam as festas de Basauri, quatro pessoas que afixavam cartazes sobre Txus e os outros presos doentes foram retidas e identificadas pela Ertzaintza. Agora, estes cidadãos, que reclamavam o mesmo que os municípios acima mencionados, vão ser julgados na Audiência Nacional espanhola, na segunda-feira, dia 10.
Amanhã, dia 6, às 12h30, haverá uma concentração frente à Audiência Provincial em Bilbo (Pedro Ibarretxe, n.º 1) para pedir a libertação de Txus e dos outros presos doentes, e também que sejam retiradas as acusações contra os quatro habitantes de Basauri. / Mais info: SOS_Txus_Martin
Sobre o processo de extradição de ARTURO VILLANUEVA:
«Las mentiras de Interior», de Alberto PRADILLA (naiz.info via Sanduzelai Leningrado)