«Vamos recorrer, naturalmente, recorrer até amanhã de manhã», disseram, acrescentando que o seu «principal recurso estará aqui, nos cidadãos bascos capazes de decidir e organizar um modelo de Estado próprio, livre e democrático em Euskal Herria, que é o que eles querem impedir a todo o custo».
Tendo Kamelo Landa e Idoia Arbelaitz como porta-vozes na conferência de imprensa, os arguidos mostraram-se convencidos de que a sentença, que, para além das condenações, inclui o confisco de bens de mais de uma centena de herriko tabernas, visa impedir «o confronto político livre e democrático». «Porque não sabem nem conseguem responder quando os cidadãos bascos reclamam o direito a decidir e dão passos para o exercerem», acrescentaram.
Para os arguidos, esta sentença é uma «fraude à lei», completamente «disparatada, anacrónica e injustificável», que se baseia apenas em relatórios policiais preparados pela Guarda Civil e a Polícia espanhola há 14 anos. «O que aqui se julga e condena é exclusivamente o exercício de direitos fundamentais, de direitos civis e políticos», insistiram.
O acto terminou com um agradecimento a quem lhes manifestou solidariedade e com um apelo à participação nas mobilizações para parar «todos estes processos e castigos políticos». «É tempo de esvaziar as cadeias de presos políticos, é tempo de liberdade em Euskal Herria. É nisso que andamos empenhados. Vamos ganhar a liberdade», concluíram. / Ver: lahaine.org e Berria
MILHARES NAS RUAS CONTRA A SENTENÇA DA VERGONHA
No âmbito do processo 35/02, o tribunal de excepção espanhol condenou 20 pessoas a penas de prisão e decretou o confisco de bens de 103 herriko tabernas. Para protestar contra a decisão judicial, ontem milhares de pessoas mobilizaram-se e vieram para as ruas em dezenas de localidades do País Basco.