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Há cerca de um ano, no contexto da negociação de um novo acordo, a empresa referida propôs aos trabalhadores uma redução salarial de seis por cento. Quando, em pleno período de negociações, se soube que o gerente, que auferia um salário de 6000 euros mensais, recebeu um complemento de 12 000 euros, os trabalhadores romperam as negociações e fizeram uma semana de greve.
O gerente respondeu com o despedimento de três funcionárias que participaram na acção de luta, e os trabalhadores iniciaram uma greve por tempo indeterminado. Ao cabo de 52 dias de greve, chegou-se a um acordo, que não contemplava a redução salarial.
Duas das três trabalhadoras despedidas optaram por receber uma indemnização, mas a outra, com o apoio do sindicato, manteve-se firme na defesa da reintegração. Agora, um tribunal deferiu o recurso interposto pela assessoria jurídica do LAB, declarando improcedente o despedimento da trabalhadora.
Para o sindicato, «trata-se de uma sentença de grande importância, cujo significado ultrapassa o âmbito concreto da Golf Gorraiz, na medida em que põe um travão à chantagem patronal recorrente do "ou aceitam a redução salarial ou haverá despedimentos", bem como ao hábito, também recorrente, de despedir os trabalhadores que mais se destacam na luta». / Ver: ahotsa.info