Falando na necessidade de resolver problemas relacionados com a manutenção da produção no período de férias, a administração da TRW em Iruñea comunicou aos sindicatos que ia subcontratar vários trabalhadores a uma empresa de trabalho temporário (ETT), revela o sindicato LAB numa nota, na qual dá conta de que todos os sindicatos com representação na fábrica da multinacional norte-americana na capital navarra se opuseram. Depois dos plenários realizados nos três turnos, os trabalhadores decidiram que, se a empresa avançasse para a subcontratação, a actividade da TRW iria ficar paralisada.
As CCOO, que, em conjunto com a UGT, já tinha «cedido à chantagem» da empresa em 2013, assinando um acordo lesivo para os trabalhadores, furou a unidade sindical, chegando a acordo com a empresa sobre o recurso a uma ETT, prossegue a nota.
No dia 30 de Junho, a TRW começou a subcontratar trabalhadores à ETT, mas os restantes sindicatos e os trabalhadores mantiveram-se firmes na rejeição da precariedade, pelo que as CCOO propuseram que o seu acordo fosse votado em plenário. Os trabalhadores opuseram-se ao acordo que permitia a entrada de trabalhadores precários e decidiram dar início a uma greve de 24 horas, que passaria a ser por tempo indeterminado caso a situação não se alterasse.
Passadas apenas duas horas, a empresa comunicou aos funcionários a decisão de rescindir o contrato com a ETT. Assim, a greve terminou, mas com a condição de a empresa contratar trabalhadores sem intermediários, revela o LAB, que faz uma avaliação muito positiva deste caso, «pois mostra que, com determinação, é possível travar a precarização constante do emprego que as empresas querem levar a cabo com recurso às ETT». / Ver: LAB Sindikatua
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Os trabalhadores da TRW-Iruñea travam a precariedade e o sindicalismo amarelo
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