quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A Ertzaintza tentou prender Jone Amezaga, mas não a encontrou

Ontem, a natural de Errigoiti (Bizkaia) foi notificada para se apresentar na prisão num prazo de dez dias, mas depois soube-se que a Ertzaintza efectuou diligências junto do tribunal para que essa notificação fosse anulada e a jovem pudesse ser detida de imediato. O tribunal emitiu uma ordem de «busca e captura» e, hoje, a Ertzaintza foi a casa da jovem biscainha para a prender. Mas ela não estava lá.

Jone Amezaga foi acusada de «enaltecimento do terrorismo» por, alegadamente, ter colocado uma faixa em Gernika-Lumo (Bizkaia), em Outubro de 2012. A AN espanhola condenou-a a 18 meses de cadeia, há cerca de um ano; o seu advogado recorreu da sentença, que foi entretanto confirmada.

Numa conferência de imprensa que hoje teve lugar em Gernika (Bizkaia), os familiares de Jone consideraram o processo judicial «uma farsa» e criticaram a atitude da Ertzaintza. Na ocasião, pediu-se apoio para Jone e sublinhou-se a necessidade de «dificultar» o seu encarceramento.

Muitas das centenas de pessoas que estiveram presentes na conferência de imprensa participaram depois numa manifestação de apoio a Jone e a Eider Uruburu (condenada a oito meses de cadeia em Paris). A Ertzaintza não foi esquecida pelo caminho: «Zipaioak herriaren etsaiak» [Cipaios, inimigos do povo] e «PNV, lotu txakurrak» [PNV, prende os cães]. / Ver: Berria, argia e topatu.info [com várias fotos e vídeos]

ANTIFASCISTAS DETIDOS POR DELITO DE OPINIÃO
Suso Cela Seoane - histórico membro dos Grapo que saiu da cadeia em Junho do ano passado, depois de cumprir uma pena de 23 anos - foi detido na Corunha (Galiza), Juan Manuel Olarrieta foi detido em Torrejón de Ardoz (Madrid) e Aitor Cuervo Taboada em Santo Domingo de la Calzada (La Rioja). As detenções foram efectuadas pela Guarda Civil, que os acusa da prática do chamado «enaltecimento do terrorismo», no decorrer das II Jornadas Anticapitalistas que a Gazte Asanblada de Laudio (Araba, EH) organizou a 22 e 23 de Novembro de 2013.

A Guarda Civil afirma que, nas mais de duas horas e meia de duração da conferência intitulada «Situación Movimiento Obrero y Presos Políticos», os detidos «proferiram inúmeras consignas a favor da luta armada e dos presos da organização terrorista PCE(r)-Grapo». / Ver: redroja.net e ceivar.org