sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Penas de prisão e multas para participantes no «muro popular» de Ondarroa

Cinco participantes no chamado muro popular da ponte (zubi harresia), que se formou em Ondarroa em Maio de 2013 para apoiar Urtza Alkorta e dificultar a sua detenção, foram julgados no tribunal da Rua de Buenos Aires, em Bilbo. Quatro eram acusados de «atentado à autoridade» e um de «desordens públicas». Os primeiros foram condenados a um ano de cadeia (que não têm de cumprir por falta de antecedentes). Para além disso, os cinco têm de pagar multas que ascendem a 4830 euros.

O julgamento começou a 23 de Setembro e foi adiado a 13 de Outubro por falta de comparência de dois ertzainas. Na altura, o Ministério Público pediu dois anos de cadeia para quatro dos arguidos e uma multa de 8850 euros para os cinco.

No julgamento, os visados pela repressão dos agentes ao serviço do capitalismo basco-espanhol afirmaram que resistiram de forma passiva e que as imagens daquele dia «não podiam ser mais esclarecedoras». O movimento Eleak, por seu lado, critica a sentença e responsabiliza o Governo de Gasteiz pelo processo judicial, ainda para mais assente em mentiras. Diversas pessoas que participaram em muros populares encontram-se à espera de julgamento; o caso mais recente é o de Loiola, no qual foram imputadas duas pessoas.

MAIS REPRESSÃO BASCO-ESPANHOLA
A Ertzaintza foi hoje a casa do ex-preso político Juan Carlos Estévez, Melli, no bairro Altza (Donostia) para o prender, mas não o encontrou, revelaram a Ernai e o movimento Eleak. O natural de Orereta (Gipuzkoa) passou 16 anos na prisão, nos estados espanhol e francês, e agora o Supremo Tribunal espanhol confirmou a pena de três anos a que foi condenado no âmbito de outro caso. A Ernai afirmou que «estes esquemas jurídicos de vingança» não levam a lado nenhum e o Eleak criticou a Ertzaintza por «continuar a fazer o trabalho sujo da AN».

Xabier Fernández de Gamarra, detido em Gasteiz
Ontem, a Ertzaintza prendeu o gasteiztarra Xabier Fernández de Gamarra para cumprir sete meses de pena, facto que o Eleak denunciou. Em Abril, Xabi foi condenado a dois anos e meio de cadeia na AN espanhola; o recurso que apresentou foi indeferido. / Ver: topatu.info, Berria e argia