O cantor catalão Pablo Hasél, que já foi detido e julgado anteriormente, foi hoje preso pelos Mossos d'Esquadra à saída da sua casa, em Lleida. Saiu em liberdade depois de passar quatro horas na esquadra; refutou as acusações e revelou a existência de um novo processo contra ele na AN espanhola.
Apesar da insistência, os polícias não lhe quiseram comunicar o motivo da detenção. À saída da esquadra, o rapper catalão recorreu ao Twitter para acusar a comunicação social de estar a esconder que fora detido sob «falsas acusações» e que o tribunal de excepção espanhol lhe moveu um novo processo, relacionado com «comentários contra a monarquia», por dizer o que «está mais que provado: os Bourbons são mafiosos com negócios sujos na Arábia Saudita».
Ao que parece a detenção está relacionada com factos ocorridos no início deste mês na Universidade de Lleida (UdL), quando vários estudantes ocuparam as instalações em protesto contra o facto de a delegada do Governo espanhol e professora Inma Manso ir para as aulas escoltada por polícias armados.
A Assembleia de Letras da UdL convocou uma conferência de imprensa. Segundo refere o La Haine, diversos meios de comunicação assumiram uma atitude de criminalização para com os estudantes e, no que se refere a Hasél, acusaram-no de ter agredido vários jornalistas.
De acordo com fontes presentes no local, vários estudantes recriminaram os jornalistas por estarem a gravar imagens de quem pedira para não ser filmado. As mesmas fontes referem que os estudantes lhes taparam parcialmente as câmaras para defender o seu direito à privacidade e exigiram-lhes que saíssem do local.
Os jornalistas da TV3 Enric Pinyol e Alex Orò apresentaram queixa. Hasél afirma que as suas acusações são falsas. / Ver: lahaine.org
Ver tb: «Solidariedade internacionalista com Pablo Hasél» (amnistiAskatasuna: eus / cas)