quinta-feira, 30 de março de 2017
António Santos: «A Grande Depressão, uma epidemia capitalista»
Conceber a ciência como um campo socialmente asséptico, historicamente neutro e a cheirar a desinfectante não é só um erro epistemológico: é a negação do próprio método científico. Ou seja, a história do pensamento científico só pode ser entendida no campo de batalha da luta de classes. Esta conclusão é facilmente verificável se compararmos centros de investigação privados com universidades públicas: alguém pode imaginar a Bayer a investir milhões de euros num trabalho de investigação científica que lhe pode trazer prejuízos? Tudo isto para dizer que a psicologia e a medicina também não são imunes a interesses de classe: há uma luta constante para colocá-las totalmente ao serviço do capitalismo. (Abril)