Prosseguiu hoje, no Tribunal de Bilbo, o julgamento de quatro guardas civis acusados de terem torturado Sandra Barrenetxea. Ontem, a bilbaína viveu momentos particularmente duros, ao ter de enfrentar os quatro militares que a prenderam e identificar três que a torturaram.
A acusação particular pede 19 anos de cadeia para os arguidos: dez por abuso sexual, seis por torturas e três por ofensas corporais. O Ministério Público coloca-se ao lado da defesa e solicita a absolvição dos guardas civis.
Momento em que Barrenetxea identifica os 3 torturadores[Nota: é um testemunho duro, que ponderámos nem sequer pôr aqui, mas que aqui deve estar, sobretudo tendo em conta que os ditos negam ter torturado Barrenetxea.]
Os militares negam as torturas
Na terça-feira, dia da primeira sessão do julgamento, depuseram os quatro agentes da Benemérita, e todos negaram as acusações, tendo afirmado que, no decorrer da detenção de Barrenetxea, tudo decorreu normalmente e que «o tratamento foi correcto, como em qualuqer detenção realizada pela Guarda Civil».
Sandra Barrenetxea foi detida em Setembro de 2010, com mais oito pessoas, no âmbito de uma operação contra o Ekin. Todos afirmaram ter sido torturados enquanto permaneceram incomunicáveis em poder da Polícia, mas a queixa de Barrenetxea foi a única a ser aceite. Ainda assim, o seu caso foi arquivado três vezes – em 2012, 2013 e 2014. Finalmente, chegou a tribunal. / Ver: argia