A imagem dos milhares de insurrectos sublevados juntamente com Villa e Zapata no período 1910-1919 ainda hoje alimenta o imaginário popular fora das fronteiras mexicanas. Aquela onda insurrrecional, guerrilheira, trazia consigo e deixava atrás de si o grito das suas reivindicações: «Terra e Liberdade». Hoje, aquele grito ainda ressoa em vários pontos dos territórios mexicanos.
México armado: 1943-1981 é uma obra da aguda investigadora social Laura Castellanos, que nela aborda essa fase de lutas sociais, económicas e políticas, quatro décadas durante as quais «mais de trinta siglas e nomes de grupos subversivos alçados em armas» mantiveram as esperanças dos seus predecessores, Villa e Zapata, traídos e mortos, e geraram outras novas; é o testemunho de uma luta revolucionária pela justiça social e democrática dos que deram a sua vida e liberdade pelo povo, uma luta que prossegue hoje com uma crueza de que são evidência factos e nomes de lugares como Ayotzinapa ou Oaxaca, ou quando aparece outro México abertamente armado com toda a sorte de facções e o renascimento da guerrilha, desde o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) até ao Exército Popular Revolucionário (EPR).
De tudo se fala no programa e, como sempre, há muita música... a propósito. / Ouvir: Info7 irratia