quinta-feira, 15 de junho de 2017

«A ditadura "En Marche"»

[De José Goulão] Sabe-se que Emmanuel Macron foi ministro da Economia da desastrosa administração de François Hollande; mas desconhece-se quase tudo sobre a sua responsabilidade primeira na elaboração do pacote laboral patronal e anti-trabalhadores contestado nas ruas por centenas de milhares de pessoas e cujas consequências nefastas milhões de cidadãos sofrem já.
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Sabe-se que Emmanuel Macron foi eleito presidente e conquistou a gigantesca maioria absoluta com apoio dos principais bancos nacionais, e alguns internacionais, e também da esmagadora maioria dos presidentes das principais empresas do CAC 40, o índice da Bolsa de Paris; desconhece-se quase tudo sobre a participação na sua campanha, como «conselheiros», de enviados da National Endowment for Democracy (NED) e de ex-membros das campanhas de Barack Obama e Hillary Clinton.
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Sabe-se que um dos primeiros momentos da vertiginosa carreira de Emmanuel Macron foi a presidência dos jovens da Fundação Franco-Americana; mas desconhece-se quase tudo sobre a sua presença em 2014, como convidado, na conspiração anual do Grupo de Bilderberg.

Porém, o mais importante do que se sabe sobre Emmanuel Macron, e que raramente se esmiuça nas análises perspectivando as suas actuações, é a defesa, sem piedade, das soluções políticas, económicas, financeiras e militares indispensáveis para a vigência plena do capitalismo selvagem. (Abril)