Um trabalhador de 45 anos morreu, ontem, em Sukarrieta (Bizkaia). Num dia de elevadas temperaturas, o operário realizava trabalhos de limpeza, em plena tarde, em obras adjudicadas pela URA - Agência Basca da Água. Só em 2017, 30 trabalhadores morreram nos seus postos de trabalho ou como consequência das tarefas que desempenhavam, em Euskal Herria.
O trabalhador sentiu-se indisposto por volta das 15h30 e veio a falecer, na sequência de um golpe de calor, segundo revelou, esta manhã, o Osalan - Instituto Basco de Segurança e Saúde no Trabalho. Numa nota anterior a esta confirmação, o sindicato LAB já considerava que essa fosse a causa mais provável, sendo que ontem as temperaturas foram extremamente elevadas.
O LAB critica o facto de o operário ter de andar a executar tarefas de limpeza às 15h30, quando o País Basco está há vários dias em situação de alerta amarelo ou laranja devido às altas temperaturas, e sublinha que este factor devia ter sido levado em conta como um dos que contribuem para os acidentes de trabalho.
Tendo em conta que a URA é uma empresa pública, devia estar garantido o cumprimento das «medidas básicas de prevenção», mas, critica o LAB, o caminho que está a ser feito «nas administrações públicas (e também pelo PNV)» é o inverso. Por isso, 30 trabalhadores já morreram este ano, em Euskal Herria, nos seus postos de trabalho ou como consequência das tarefas que desempenhavam. Três em Araba, 10 na Bizkaia, 12 em Gipuzkoa e cinco em Nafarroa.
Perante esta situação, a maioria dos sindicatos bascos - ELA, LAB, ESK, STEILAS, EHNE e HIRU - concentram-se amanhã, 23, às 11h00, frente à sede do Governo de Lakua em Bilbo. / Ver: LAB