sábado, 10 de junho de 2017

Jovem altsasuarra Adur Ramírez na solitária por agradecer solidariedade

Há uma semana, vários organismos juvenis organizaram uma marcha até à cadeia de Soto del Real (Madrid), para apoiar os três jovens de Altsasu (Nafarroa) ali presos e que vão ser julgados por «terrorismo» no tribunal de excepção espanhol, na sequência de uma zaragata com agentes da Guarda Civil, em Outubro do ano passado. Adur Ramírez gritou «eskerrik asko» [muito obrigado] da janela da sua cela, e foi castigado com 11 dias na solitária.

Soube-se isto na quinta-feira, dia 7. Entretanto, o Entzun Altsasu, grupo de apoio aos oito jovens da localidade navarra incriminados neste processo - facto para o qual contribuiu o empolamento dos chamados órgãos de comunicação social e o seu olvidamento das palhaçadas que se dão no Vale de Sakana -, revelou que, ontem, os três jovens encarcerados continuam a ser castigados, tendo sido separados: Jokin Unamuno ficou em Soto, Oihan Arnanz foi enviado para a cadeia de Aranjuez e Adur Ramírez foi transferido para a de Navalcarnero.

No dia 8, Edurne Goikoetxea e Koldo Arnanz, pais de dois dos oito jovens de Altsasu incriminados - Ainara Urkijo e Oihan Arnanz -, foram entrevistados no programa «Kalegorrian», da Info7 irratia. Oihan Arnanz está preso há quase sete meses, como Jokin e Adur, enquanto Ainara faz parte dos incriminados que aguardam o julgamento em liberdade.

Tanto Edurne Goikoetxea como Koldo Arnanz afirmaram sentir-se desamparados e indefesos face a uma situação de injustiça que pode ter consequências ainda mais graves, depois de o caso ter ficado nas mãos da Audiência Nacional espanhola. / Ver: lahaine.org e info7