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Na ocasião, foi lido um texto cujas primeiras palavras se destinaram a saudar Kepa del Hoyo, preso político basco que faleceu na cadeia de Badajoz. O MpA sublinhou que se tratou de um «assassinato», com responsáveis políticos. Ao contrário do que «os partidos do clube dos "pseudo-democratas" querem fazer crer, a morte de Kepa não foi natural: depois das condenações a prisão perpétua, querem transformar o assassinato na cadeia numa coisa natural», salientou o MpA, lembrando que, desde 1981, 28 militantes bascos morreram nas cadeias ou pouco depois de terem sido libertados.
O MpA acusou os «falsos vendedores da paz», que, com «os seus sorrisos pré-fabricados para o marketing político», «não param de fazer a guerra contra os trabalhadores e os povos, para manter os seus privilégios e os das elites».
Dirigiu também fortes críticas a PSOE e PP, no Estado espanhol, a PSF e UMP, no Estado francês, bem como ao PNV, no País Basco, considerando-os os principais responsáveis pela situação de opressão e repressão que o povo basco enfrenta.
As críticas foram extensivas «aos sectores que se dizem de esquerda» e que não são mais que «progres de salão a jogar ao marketing político referido». A esses, o MpA disse: «Parece mentira que numa altura destas tenhamos de vos explicar que a equidistância entre opressor e oprimido não existe, e que quem defende essa postura se situa sempre do lado da barbárie».
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Quatro décadas volvidas, a reivindicação da amnistia continua viva, por uma Euskal Herria independente e socialista, sem presos, deportados e refugiados políticos. «Porque aquilo com que sonhamos vale a pena, continuemos organizados e na luta», sublinharam. / Ler texto na íntegra: amnistiAskatasuna